quinta-feira, 23 de junho de 2016

Quem sou eu:
Sou Aline Steffens Zimmer, tenho 25 anos, licenciada em Pedagogia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos -UNISINOS. Atualmente atuo como auxiliar de ensino na área da Educação Infantil.

Proposta de espaços na Educação Infantil da Escola Reggio Emilia


As escolas da rede são construídas de modo a favorecer o diálogo e o conhecimento compartilhado das crianças. Para tanto, os ambientes – que permitem que a escola acesse o exterior e vice e versa – estimulam a construção de diversas perspectivas e pontos de vista, consentindo às crianças uma pluralidade de experiências sensoriais. A estética e arquitetura das escolas são pensadas como elementos de qualidade do conhecimento, a partir de uma estrutura que permite a conexão das crianças entre si, com a equipe pedagógica e com a área externa.
Como exemplo, a cozinha, que é um espaço geralmente negado às crianças, é aberta e inteiramente conectada com a proposta pedagógica. Para a equipe gestora, a proximidade dos alunos ali reforça a importância da relação com a família, já que é no ambiente que se constroem importantes laços, como o “comer junto”, e a vida familiar cotidiana. A cozinheira também atua como educadora e permite aos alunos que participem do preparo dos alimentos – na tarefa, eles não só conhecem os alimentos, como são convidados a experiências sensoriais e de degustação, ao descascar, cortar e provar os diferentes ingredientes.
No caso das creches, dá-se ainda preferência por espaços com seções modulares flexíveis, criando a sensação de acolhimento. Outro elemento bastante presente é o espelho, não só nas paredes, mas também no chão, por se apresentar como algo intrigante para a faixa etária, já que a criança enxerga a si própria, aos amigos, e também as particularidades do ambiente, estimulando a visão por diferentes perspectivas.
Ainda na proposta de valorizar a experiência dos alunos, as salas que acolhem os projetos das crianças não são arrumadas para o dia seguinte. A ideia é que as crianças possam revisitar suas criações e mesmo dar continuidade às suas pesquisas, sendo este um fio condutor da aprendizagem.
Disponível em: http://educacaointegral.org.br/experiencias-internacionais/reggio-emilia-escolas-feitas-por-professores-alunos-familiares/. Acessado em: 23 de jun. 2016.
A criança é feita de cem

A criança é feita de cem.
A criança tem cem mãos, cem pensamentos, cem modos de pensar,
de jogar e de falar.
Cem, sempre cem modos de escutar as maravilhas de amar.
Cem alegrias para cantar e compreender.
Cem mundos para descobrir. Cem mundos para inventar.
Cem mundos para sonhar.
A criança tem cem linguagens (e depois, cem, cem, cem),
mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura separam-lhe a cabeça do corpo.
Dizem-lhe: de pensar sem as mãos, de fazer sem a cabeça, de escutar e de não falar,
De compreender sem alegrias, de amar e maravilhar-se só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe: de descobrir o mundo que já existe e de cem,
roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia, a ciência e a imaginação,
O céu e a terra, a razão e o sonho, são coisas que não estão juntas.
Dizem-lhe: que as cem não existem. A criança diz: ao contrário,
as cem existem.

Loris Malaguzzi

Espaços na Educação Infantil

Os espaços da escola da infância devem ser organizados de forma significativa, de maneira, que a criança possa explorá-los ao máximo, construir novos conhecimentos e sua autonomia. Por isso, a importância de trazer sempre novas possibilidades e novidades ao espaço e sua organização.





Para refletir...

Possibilidades de novos espaços no contexto da Educação Infantil - Reggio Emilia.